terça-feira, 11 de março de 2014

O CHAMADO “PROCESSO DE PAZ”


O CHAMADO “PROCESSO DE PAZ”
David Tabacof - direto de Israel, 11/03
Também neste Carnaval, não só vocês e eu, Bibi Nataniahu esteve fora de casa. Quer dizer em outra casa, a Branca. Foi a fim de prestar contas ao boss quanto às conversações com os palestinos, agora movidas por este motor de 120 horse-power,  o Secretário de Estado, John Kerry. Contam aqui que Kerry se ofereceu para resolver o problema israelense-palestino.  



Falou em inglês, obviamente, que traduzo para o baianês "Ficarei no cangote dos dois de forma que no fim, assinarão. Deixe comigo, Mr President." Kerry é conhecido por sua hiper atividade no Senado e vota sempre pró-Israel. Obama, ainda à procura de uma pax americana afim de justificar seu Nobel, nomeou-o Secretário de Estado. 

Obama, como todos os que tentaram antes, sabia que não seria fácil convencer estas duas mulas sem cabeça em que se transformaram palestinos e israelenses.  E Kerry veio. Combinou um prazo de 9 meses para um acordo. Achei graça. 9 meses é o tempo de gravidez para a formaçao de um nova pessoa. 



Para convencer estes dois, acho que precisaremos o tempo para mil gerações.  Kerry usa o velho método. Faz de conta que há progresso na negociações e continua martelando. Está aqui quase todas as semana onde passa 48 horas.


Digo que vai dar em nada pelo seguinte:


A) Israel não aceitará a volta dos refugiados sob pena de morrer afogado em meio ao mar de palestinos zangados. E Abbas continua impondo esta condição.

B) Israel jamais entregará grandes nacos dos territórios ocupados. A futuro Estado palestino promete ser democrático. Se for, o Hamas poderá vencer eleições, deixando o terrorismo muçulmano ao lado de Tel Aviv. Ocupando, Israel controla diretamente tudo que se passa do outro lado. Mas, se não devolver uma quantidade de território suficiente para que seja criado um Estado palestino, nada feito.

C) Fronteiras - Os palestinos querem, se não a volta, pelo menos, fronteiras baseadas nas linhas pré 1967. Israel não aceita já que deverá retirar centenas de milhares de colonos e dar-lhe moradia em outro lugar. E não há dinheiro para tanto. Sem falar na quase guerra civil que a retirada de assentamentos poderá acarretar.

d) Jerusalém - Na narrativa palestina, Jerusalém é muçulmana já que ali estão duas das mais importantes mesquitas do Islã. Quanto a Israel, é o contrário: ali estavam os dois Grandes Templos.

E mais problemas que o espaço não permite enumerar.
Portanto...

ORTODOXO CONDENADO POR INSULTAR SOLDADA



Mulheres têm que sentar atrás. Homens preferem ficar de pé a se misturar.

Ônibus têm servido de campo de batalha entre ortodoxos e laicos, em Jerusalém. Os primeiros exigem que mulheres sentem nos bancos traseiros. Para ortodoxos homens e mulheres, salvo marido e mulher, não devem se misturar. 

Espelha, porém, a posição secundária do sexo feminino na religião judaica em sua forma, mais ou menos, ortodoxa. Algumas mulheres, porém, se recusam obedecer. 

É assim: Mulher entra no coletivo pela porta dianteira, como é normal já que é o cobrador é o próprio motorista. As ortodoxas aceitam sua posição de inferioridade e vão, automaticamente, sentar-se na metade trazeira do ônibus. De vez em quando entretanto, mulheres se revoltam com a discriminação. 

A grande maioria dos incidentes ocorrem em linhas que atravessam bairros ortodoxos. Há muita discussão e protestos quando uma mulher não religiosa entra e se recusa a obedecer. Quando resiste e no ônibus estão alguns religiosos mais fanáticos, a gritaria pode chegar à violência. A polícia já foi chamada a intervir. 

Recentemente, uma juíza condenou um ortodoxo por  afender uma soldada passageira que se recusou a ir para os fundos. Houve bate-boca. No caso da soldada, o mais revoltado chamou a jovem de puta, shikse (não judia) e outros termos menos graciosos. 

A polícia prendeu o fanático por algumas horas e abriu inquérito. Foi acusado e condenado por um tribunal criminal de Jerusalém. Foi a primeira condenação nestes tipo de contravenção. A juíza afirmou na sentença que comportamento como este não pode ser tolerada numa democracia.

OUÇAM ESTA
Um dos cléricos importantes do Irã xiita, o ayatolá Mohadavi Devi, declarou que Einstein era muçulmano e ainda por cima xiita. O célebre gênio judeu, teria dito, segundo Devi, que a veolocidade com que Mohamed subiu ao céus, provava que a velocidade da luz poderia ser superada.
 
Ante este “fato” disse que Einstein mudou de idéia assumindo a religião islâmica. Mais uma prova, parafraseando Stanilaw Ponte Preta, da onda de ignorância que assola o mundo islâmico.

UM JORNAL NA PRISÃO

Foi lançado o primeiro jornal prisional em Israel. Seu nome, como não poderia deixar de ser é "A Voz do Prisoneiro". Está sendo escrito e distribuido, inicialmente, na Prisão Massiahu, de "baixa segurança". 

Quer dizer "hospeda", basicamente, condenados de baixa periculosidade para os outros prisioneiros e guardas. São os que cometeram os chamados crimes do "colarinho branco". Estiveram em Massiahu cumprindo pena diversos ministros, deputados e hoje seu mais famoso morador é o ex-presidente, Moshe Katzav, cumprindo pena por crimes de natureza sexual. 
O jornal foi fundado por dois "moradores" Ezra... e Vitaly... (é proibido citar nome completo de prisioneiros cumprindo pena). O reporter que esteve na prisão relatando, viu o jornal e escreve que é bem escrito e muito informativo para os demais prisioneiros. Quem sabe Zé Dirceu aproveita a idéia...

CONTINUAÇÃO - ULTRA ORTODOXOS-ESTES DESCONHECIDOS


Opinião pessoal:

Às vezes, ouço, por cerca de 15/20 minutos, (entre 10 e meia noite), um programa de rádio transmitido numa estação governamental dedicada aos ortodoxos.  

Quem sabe mudo de idéia, penso. Quando, na realidade, o que ouço fortifica extraordinariamente, a minha descrença. Procuro entrar na hora das perguntas de ouvintes e respostas de rabinos.  Ouço tantas perguntas idiotas/infantis que o programa terminou reforçando muito minhas idéias racional-ateístas. As questões são tão bobas que custo acreditar partam de judeus que considero um povo inteligente. 

Exemplos reais que me lembro. “Posso rasgar papel, aos sábados?”; que distância posso andar no sábado?” Caiu um pedaço de carne a 1 metro e pouco da pia da cozinha exclusiva para leite, basta lavar bem a pia, ou trocá-la?” E mais indagações que, para um non believer como eu, lembram programas homorísticos. 

Por estas e outras, quando ouço estas perguntas me pergunto: o que estará  errado comigo? Alguém, certa vez, ao ler que sou ateu, perguntou como posso ser judeu e ateu?

Minha resposta é simples para um assunto complicado: Meu judaísmo é cultural, não religioso, com provam os mihões de judeus não-praticantes que se consideram judeus e gostam de tudo que é judeu.

Acredito que uma das razões para meu ateísmo está no fato de ter lido Karl Marx muito cedo. Procurava ver no filósofo do socialismo, soluções às injustiças sociais e à pobreza tão óbvias nas ruas de minha infância e juventude na Bahia. 

O que ficou desta leitura, porém, não foram suas idéias políticas que, aliás, fracassaram na prática, mas suas palavras a respeito de religião que ele considerava um meio de incrementar o controle e a exploração das pessoas inocentes.

Seus ensinamentos me servem, hoje, de consolo frente ao fanatismo islâmico e judeu que me cercam. Marx escreveu: “A abolição da religião, que não passa da tentativa de obter a felicidade através de ilusões, é uma exigência ... 

A religião é o ópio do povo. À medida que o tempo andou, mais crescia minha convicção que a religião não passa de auto-ilusão. Mera superstição. 

E como muitas superstições serve de apoio ao ser humano ante a natureza ainda não entendida em toda a sua complexidade. 

Através de Marx, que não era extamente um judeu praticante e cujo materialismo desprezava qualquer religião, me rendi à sua argumentação, e de outros ateístas, que encaram a religião como uma espécie de de muleta mental, baseada no medo de desgraças e que leva pessoas inteligentes a se transformar em adeptos de algo que jamais foi comprovado de forma racional e/ou científica.

Tomem como exemplo as espressões “se Deus quiser” ou “graças a Deus”. “Se Deus quizer” é uma espécie de apólice de seguro contra um mau reultado. 

Enquanto, “Graças a Deus”, é uma demontração de humildade e uma tentativa de atribuir a um ser superior determinado resultado positivo. Salvando-se assim da acusação de mal agradecido. 

Desta forma terminam julgando Deus um ser com os defeitos e qualidades do ser humano. No Tanach (Nehenia 5 -1) Deus é um pai terrível, vingativo. 

Nehemia, que foi o reconstrutor o Templo em Jerusalém: “Oh Deus do céu, o grande e terrível Deus que mantém seu acordo com aqueles que o amam e obedecem ao seu comando” "O LORD, God of heaven, the great and awesome God who keeps his covenant of unfailing love with those who love him and obey his commands.
  
E antes de encerrar hoje devo dizer que respeito os que crêm. É um direito inalienável.

To be continued...


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